Agapórnis

 

É um pássaro pequeno, que atinge por volta de 15cm (variando pouco de espécie para espécie).

Como todo Psitacídeos, é um pássaro "barulhento" (eu, pelo menos, considero o seu "barulho" como um belo canto anti-stress). Fica a andar pela gaiola o dia todo, fazendo "truques". Se o ambiente for grande, arrisca voos entre os poleiros, mas prefere andar pelas malhas da gaiola para chegar ao poleiro, verdadeiros malabaristas.

Os Agapornis distribuem-se principalmente no continente africano, em regiões secas e relativamente arborizadas. Faz parte do grupo das Araras, Papagaios, Tuins e Cacatuas, todos da família dos Psitacídeos. Possui 9 espécies: Cana, Taranta, Pullaria, Swinderiana, Roseicollis e as de aro branco ao redor dos olhos - Fischeri, Personata, Lilianae e Nigrigenis. Dentre elas, a mais popular é a Roseicollis que cria melhor em cativeiro e tem mais cores. Originalmente é verde, com a testa e metade do peito em vermelho "degradé". O Fischeri, verde com testa e peito laranja avermelhado, é também muito procurado. As suas mutações, no total de 10, são relativamente recentes. Ameaçado de extinção, só pode ser comercializado anilhado. O Pullaria é verde com testa e pescoço vermelho forte com bordas amarelas e, debaixo das asas, cinza (fêmea) ou preto (macho). É o mais sensível e difícil de procriar em cativeiro. Já o Swinderiana, de cor verde intenso, não é criado em cativeiro por só comer um tipo de figo nativo. O Cana é o menor, com cerca de 14 cm e tem apenas 1 mutação. A cor selvagem do macho é verde com cinza no pescoço, cabeça e papo e na fêmea tudo é verde com um sombreado preto na cabeça. O Taranta, originalmente verde-garrafa com máscara e só o macho com testa vermelha, é o maior alcançando 17 cm .

 

 

A fidelidade entre o casal não é apenas uma constante entre os Agapornis, mas entre todos os Psitacídeos. Este comportamento fica bem evidenciado na espécie A. cana, onde um imita o comportamento do outro o dia todo. Se criados pelo dono desde filhote, acostuma-se viver facilmente fora da gaiola, não sendo, na maioria das vezes, necessário cortar sua asa.

Não é um pássaro falante, como Araras, Cacatuas e Papagaios cinzentos, mas aprende a balbuciar algumas palavras curtas e sons humanos.

Quando o pássaro é adquirido adulto pode mostrar-se assustadiço no primeiro contacto. Mas com bastante paciência e amor, podemos acostumar o pássaro à nossa presença e, pelo menos, fazer com que não se assuste e não se debata tanto na gaiola quando chegamos perto.

O dimorfismo sexual nos Agapornis é relativamente difícil. À excepção de A. cana, A. pullaria, A. taranta, que oferecem um dimorfismo seguro, as demais espécies só podem ser sexadas observando-se o espaçamento entre os ossos pélvicos: no macho, os ossos encontram-se bem unidos. Nas fêmeas, os ossos oferecem um espaçamento tal que conseguimos colocar nosso dedo indicador entre eles.

                                       

                                         Fêmea                       Macho

 

O que torna ainda mais difícil a sexagem é que machos convivem bem entre si, assim como fêmeas. Esse comportamento pode nos enganar!

O método mais seguro é fazer exame de sangue, para comprovação de genótipo, mas infelizmente ainda é um método caro.

Colocando dois pássaros na gaiola, pode-se encontrar por base o seguinte: se há a feitura do ninho mas a suposta fêmea não colocar, pode se tratar de um macho. Mas o mais provável neste caso é que o ninho não seja confeccionado. Mas atenção: podemos ter aqui dois casos. Primeiro, uma fêmea estéril; segundo, um macho experiente que confeccione bem o ninho. Se notar que há postura de muitos ovos num certo período de tempo, então provavelmente trate-se de duas fêmeas. Estas põem um ovo por dia.

Os filhotes tem cores mais esmaecidas que as do adulto. Geralmente, na primeira muda já adquirem coloração de adulto. O aconselhável é que a reprodução seja feita numa gaiola, contendo apenas um casal. Uma gaiola com dimensões aproximadas de 70x30x40 e um ninho de 20x17x17 servem bem ao nosso propósito. Se deixarmos os pássaros em ambiente comunitário, teremos dois problemas: a formação de casais indesejados e disputas pelo mesmo ninho.

O cortejo do macho é simples, seguido da cópula. A fêmea coloca os seus ovos geralmente de madrugada, bem ao amanhecer. Cada ninhada pode ser composta por até 6 filhotes, mas o mais comum são 4. Os ovos demoram 18 dias para a eclosão mas, por segurança devemos aguardar até o 21º dia. Não é necessário que separemos os ovos, a fim de eclodirem simultaneamente.

A fêmea de Agapornis é habituada a cuidar bem de filhotes com diferentes idades. Na fase reprodutiva é aconselhável que a alimentação seja reforçada, acrescentando-se um pouco mais de aveia à dieta, aumentando-se a variedade de frutas, legumes e verduras, e acrescentando-se suplemento vitamínico na água ou ração e papa de ovo regularmente.

O melhor ambiente para os Agapornis é um ambiente sossegado. O sol pela manhã (até 11h00) é fundamental. É importante que sejam manejados sempre, para que se habituem à presença do dono, principalmente na época reprodutiva. Isto porque, caso precisemos mexer no ninho para verificar algo, não corramos o risco de a fêmea abandonar o choco.

© 2009 Todos os direitos reservados.

Crie o seu site grátisWebnode